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15.10.18

RUBRO SOBRE O VERDE ou SANGUE ENTRE DOIS RIOS QUE SE ABRAÇAM ou CONTO EM CINCO DESATINOS E UM ESBOÇO DE EDITORIAL, um conto de Airton Sampaio


1
LUCRECIUS

Quando se despediram, há bem uma hora já havia apitado a Usina. Conversaram, na calçada do sobrado, em cadeiras de vime e espaldar, desde a boca da noite. A visita morava a poucas quadras dali, para onde se dirigiu, a passo pequeno, após efusivo abraço no amigo, sob a luz leve da lua o paletó e a gravata brancos alinhados, o chapéu de feltro também branco e importado, a bengala refinada, um mimo da neta.
Contava então Therezina, nesses idos de 1927, com não mais de 60 mil almas, e chamavam a atenção os seus quintais e o verde de seus quintais e suas igrejas imponentes, como a de São Benedito, no Alto da Jurubeba, ali ao lado do Morro da Moderação, e a do Amparo, na Praça da Bandeira, mais adiante, a oeste de quem de costas está para o norte, como sentados estavam os amigos, em agradável interlóquio.
- Sem as circunstâncias da política, a cidade teria permanecido como Vila Nova do Poti, mas, sendo decisivo o apoio do imperador para a mudança da capital de Oeiras para cá, era preciso beijar, e se beijou, a mão à imperatriz.
- Ainda bem que bonito, o diminutivo de Teresa.
- Bonito também se Therezina anagrama de Thereza Cristina for.            

Naquela noite de ausentes estrelas e pouca lua não mais se via um pé de cristão. A Usina já apitara, por assim dizer, o toque de recolher. O juiz, no andar de cima, metera-se em seu camisolão de dormir e nem ainda se deitara ouve batidas fortes, e muitas, na porta.
 
- Vai ver ele esqueceu alguma coisa.
Assim pensando, e dizendo já vai, já vai, já vai, desceu a escada, tirou a taramela de segurança da porta e eis que um homem de capote preto, aba do chapéu preto caído sobre o rosto, diz-lhe algo e desfere a primeira facada, depois a segunda, e a terceira, e outra, e mais outra, e outra. Na parede, escrito ficou, com sangue e letra trêmula, uma sílaba com duas vogais, que logo se deduziu ser parte do nome do mandante, que fizera questão de se dar a conhecer à vítima pela boca mesma do assassino ou pronunciado fora o nome para desviar a atenção do verdadeiro autor intelectual e incriminar a outrem? Teria sido a morte do juiz crime de política ou acerto de contas por decisão judicial intragada? Ou a ambição e a inveja seriam o móvel de tanto sangue no sobrado do Alto da Moderação?
Therezina especulava no Café, nos bares, nos cabarés, nas ruas, nas praças, nas casas, nas feiras, nos festejos, nas tertúlias, na imprensa, em livros... Certeza só a de que o executor, fosse quem fosse, não passava de um pé de chinelo, e o mandante, fosse quem fosse, era um potentado. Ali perto, uma igreja, erguida, no Morro da Jurubeba, pelo suor do povo miúdo, detinha toda a verdade, pois de sua torre alta, que espiava as cercanias, testemunhara tudo, porém emudeceu, embora as prisões, embora o suposto homem de capote preto tenha declarado, em depoimento, o nome de um militar. Não seria isso mais uma manobra diversionista? Ou falava mesmo a verdade o pistoleiro?

Mistérios de Therezina, que continuaram em Terezina e vigem, ainda, em Teresina. Quem, enfim, mandou matar o juiz federal? Ó anagramática cidade! Ó elites entrerrienses! Ó histórias mal contadas! Que véus são esses que estendes do Parnaíba ao Poti sobre os fatos de sangue desse lugar mesopotâmico também tido por chapada e pleno de sol, coriscos, trovões e impunidades?


2
THEATRO

Isso se perguntava o homem que acaba de entrar no condomínio onde mora e que para seu ap, no quarto andar, sobe as escadas mais apressado do que quando à rua, que mesmo com tanto assalto teimava por caminhar depois das dez da noite.
- Uma forma, essa minha, de parir ideias que me vêm, o dia todo, engravidar a mente.
- Elevador?
- Nem pensar...  

Uma vez na escrivaninha, diante de si o papel, há dias em branco. Escreveu, no alto, e sublinhou: O Carteiro e a Ditadura. Era o título! Ato contínuo, digitou: “Naquela noite therezinense, quando Elzano foi para o encontro no costumeiro bar, não atinava que se dirigia para a morte e abandonado lhe seria o corpo todo mutilado dentro de um porta-malas de um conhecido carro”. Enfim, a frase de abertura! Agora, era tecer os diálogos ocorridos dentro da madrugada rubra e o conto, pode-se bem dizer, nascia. O fecho, aliás, já o tinha escrito, ao pé da página: “De onde não havia mistério a polícia, agindo às avessas, criara um, lançando um véu sobre o que desvelado estava. Sanha, e sina, de Therezina, isso”.

- Você vai parar de dizer que matou ele.
- Como assim, senhor secretário?
- Você vai parar com essa história de que foi você quem matou.
- Mas foi.
- Se aferre nessa versão que agora lhe dou e tudo ficará como dantes no quartel de Abrantes.


3
CHUVA!

Chuva! Chuva nos Cajueiros! Esse grito medonho e o badalo dos sinos das igrejas anunciavam, na Therezina do Estado Novo, o horror: gente correndo em desatino, pessoas se consumindo em chamas para tentar salvar alguém ou alguma coisa de dentro das casas de palha, que crepitam, aos montes, às vezes cem de uma vez, geralmente ao sol do meio-dia.

- Eu não taquei fogo em nada não, seu delegado.
- Deixe de conversa mole, ora.
- Sou inocente, seu delegado.
- É? Vamos ver se é macho mesmo é lá nas Ilhotas.
- Delegado, me tire daqui, que não fiz nada não, juro por Deus.
- Diga que foram esses aqui que mandaram o senhor tocar fogo nas casas e vamos ver o que podemos fazer.
- Não fui eu, seu delegado, eu não queimei nada.
- Enquanto não confessar vai ficar assim, o corpo enterrado de pé, só a cabeça de fora, neste solzão de outubro, e sem comer nem beber.
- Não sou incendiário, delegado.
- Mas eu, seu Luiz Enfermeiro, eu sou chefe de polícia e farei com o senhor o que bem quiser, entendeu?
Coisas, esses incêndios, de quem queria baratear ainda mais os terrenos dos pobres para comprá-los por pechincha? Atos malvados da Oposição, como dizia o Governo? Atos cruéis do Governo, como dizia a Oposição? No meio do terror, o povo chamuscava, perdia tudo, desesperava. A Igreja quase nunca passava do badalar dos sinos, os jornais em geral calavam, os escritores só um, o Vítor Gonçalves Neto, escreveu Santa Luzia dos Cajueiros, novela que num porre extraviou, mas da qual veio Fogo, o conto.
“Continua indecifrado o enigma dos incêndios de casas de palha que há muitos anos flagelam a pobreza de Teresina”. Isso disse, em O Piauí, em 13 nov 1946, o udenista Eurípides de Aguiar, presidente do Estado de 1916 a 1920. O que diziam, então, os pessedistas de Leônidas Mello, interventor do Piauí de 1937 a 1945, é fácil imaginar. Ó Neros! Ó Herodes!
- Durante a semana, retire os meninos e as coisas, que vai ter chuva.
- Obrigado, meu irmão, por avisar.
- Mas saia discretamente, para não espantar os outros.
- Mas eles vão se tostar...
- Avisei você, correndo todos os riscos, porque é sangue do meu sangue. Agora, se quiser se queimar na chuva com eles, Deus seja contigo. Vai ter um temporal dos diabos aqui na Vermelha!
- Tá bem. Eu e os meninos vamos sair hoje mesmo.
- Isso. Mas sem dar na vista, entendeu? Ou eu é que me lasco todo.
“Sabe-se com certeza que Feitosa, um pobre lavrador, morreu de pancadas e diz-se que alguns outros infelizes, assassinados pelos verdugos policiais, foram sepultados às escondidos na quinta das Ilhotas e nas matas da Tabuleta. Muitas vítimas tiveram ossos quebrados, articulações luxadas ou ficaram loucas, inutilizadas para o resto da vida.”
Sim, entre 1941 e 1947 Therezina esturricava,

(Fogo na Feira de Amostra!
Chuva na Catarina!
Temporal na Tabuleta!)

sob terror, arbítrio, monstruosidades... Quem mandava queimar os casebres? Therezina especulava, à boca pequena, no Café, nos bares, nas feiras, nas igrejas, nos festejos... Ó homens, que hoje dormem! De que lhes valeu acender e lançar nas palhas pobrérrimas as baganas de Odeon?


4
À MERCÊ

deles está você, Mercês.
Eu vi ele saindo do quarto da patroa, mas ele não viu que eu vi ele.
Eles são perigosos, Mercês.
Ainda a história que ele torturou gente?
Torturou, Mercês.
Mas ele não viu que eu vi ele.
Vamos embora, Mercês.
Ô xente, homem, deixe de aperreio.

No jardim da casa faustosa era manhãzinha quando o leiteiro deu com o corpo coberto de sangue, retalhado como a um porco. As manchetes iniciais viraram títulos de página, os títulos de página se tornaram tópicos de coluna, os tópicos de coluna... Véu! Ó véu que lançam do Parnaíba ao Poti sobre ti, ó verde Mesopotâmia rubra! Ó Macondo sertaneja! À mercê desses facínoras estou, estás, estamos?


5
H. F. / D. A.

PISTOLEIROS EXECUTAM JORNALISTA EM CASA!
JORNALISTA ASSASSINADO DENTRO DE CASA!
PISTOLEIROS INVADEM CASA E MATAM JORNALISTA!

JORNALISTA ESPANCADO E FUZILADO NA MADRUGADA!
ASSASSINADO JORNALISTA PARANAENSE!
JORNALISTA MORREU E NÃO VIU TUDO!

PRESOS PELA MORTE DE JORNALISTA OBTÊM HABEAS CORPUS
SOLTO ACUSADO DE MANDANTE DO CRIME CONTRA JORNALISTA
STF ANULA PRONÚNCIA DE MANDANTE DO CRIME CONTRA JORNALISTA


EDITORIAL

Quem Manda Avermelhar o Verde?
Começamos este Editorial explicando que Teresina é Therezina e Theresina.  Há a Therezina que, desde o encontro do Poti e do Parnaíba, segue entre rios até mais ou menos a Tabuleta, depois do que emerge, ainda entre rios, Theresina. Já Teresina fica, digamos assim, a leste e sudeste, após o Poti, não mais entre rios, porém um apêndice mesopotâmico e ainda assim o lar, expandido, do Cabeça de Cuia, da Não Se Pode, de inofensivos loucos como o Jaime, o Avião, a Nicinha, o Espiga, a Porca Ruiva, e de poderosos ensandecidos que tocavam fogo nas casas dos pobres, empastelavam jornais e mandam matar, porque impunes se sabem, quem lhes incomoda ou, simplesmente,  antipatizam.
É linda e verde Teresina, mas. Não raro se tinge de rubro esse verde que se esvai porque era ele, disse-o bem o Poeta, era ele um verde de quintais, que desaparece(m) sob prédios que arranham o céu. Menos o vermelho sobre o verde que resta. Quem, afinal, manda tingir de rubro o verde que queremos verde? A resposta todos sabem, menos, é claro, a Polícia e a Justiça...


Airton Sampaio
via blogue do autor

19.10.13

A LOUCA DA INFÂNCIA




O vestido rasgado, o corpo sujo, o rosto deformado por corte e pancadas, as mãos calosas cravadas nos cabelos desgrenhados na constante caça aos piolhos: Ratazana nas ruas da infância. Quando ela passava, catando restos de comida dos lixos, os meninos a cercávamos e, atirando pedras na louca, gritávamos:

- Ratazana!, tira!, tira!

Ratazana levantava a veste surrada, um sexo cabeludíssimo surgia, os meninos em cio vibrávamos, os paus latejando entre as pernas.

Zezinho perguntava: pé-de-pau? O coro respondia: tamarindo. Era a senha. Então André, o filho do bancário, ia a casa, trazia uma lata de doce. Chamariz infalível. Ratazana, morta de fome, não pestanejava, seguia André, ou melhor, o doce. Pouco depois, achávamo-nos sob o pé-de-tamarindo.

Começava a algazarra. Cada um queria ir primeiro. A maior briga. Todo mundo seco. Mas André botava moral, o doce é meu, dizia, arrogante, quem come ela primeiro sou eu. Ratazana, os olhos grudados na lata de doce, deitava-se, abria mecanicamente a pernas, André a cobria, depois outro, e outro, e outro...

No fim, Ratazana, exausta, arrasada, curvava-se sobre a lala de doce, comia avidamente. Depois, o estômago feliz, paspalhava-se a olhar pra gente com uns olhinhos tão meigos, com um sorriso tão cativante, que eu voltava pra casa com uma dor no peito, um ódio de mim, dos homens, do mundo.

Um dia chegou-nos a notícia: Ratazana morrera. Atropelamento. Nunca vi a molecada tão triste. Onde despejar o esperma acumulado? Tinha a masturbação, tinha o Morro do Querosene... mas não eram a mesma coisa.

Continuamos a frequentar o tamarineiro. Como um ritual em homenagem à mendiga, cavávamos buracos debaixo da árvore, metíamos o pau dentro, gozávamos, e fornicávamos, fornicávamos...

Hoje, passado tanto tempo, lembro-me de tudo com extrema nitidez. E me revolto ante essa minha primeira lição de miséria.



Airton Sampaio
em Painel de sombras 
Teresina: Edições Piçarra, 1980

JOANA




Josué esmaga a Frei Serafim. Num certo trecho observa um aglomerado de jovens bebendo - calças de fundo folgados, carrões, cocotas. Relembra o seu tempo de rapaz - roupas de segunda mão, subempregos, fome. Odeio esses filhinhos-de-papai, sangue-sugas. Quantos crimes praticados sob o efeito das drogas!

Josué procura limpar a vista, olha para o alto. O céu ainda azul de Teresina evoca-lhe Joana. Cabelos negros a escorrerem, longos, sobre os ombros sensuais, os olhos azuis a contrastarem com a tez morena do rosto delicado, portador de um nariz afilado, uma boca pequena, um queixo redondo.

Joana não resistiu. O corpo moreno, de pernas roliças, entrou num carango "enfezado". O riquinho deitou e rolou com a menina nas areias do Poty - eu me caso com você. Depois, satisfeita a tara, os olhos esbugalhados - então você pensou em casamento, gatinha? Logo comigo? A putinha sabe de quem sou filho? Ah, chorando? Será por causa do cabaço? Pra que pobre com cabaço, gatinha? Hahaaaaaa...

Aí "garotão" caminhou para Joana, o canivete de ouro em punho. Joana gritou, berrou, urrou, o medo no rosto lindo, o sangue escorrendo como o rio.

Numa banda de jornais Josué vê uma manchete garrafal: ASSASSINARAM JOVEM NA CALADA DA NOITE...

- Já indeterminaram o sujeito... Cumpriram o primeiro passo da estratégia da impunidade. O próximo passou: arranjar um bode expiatório. Quem sabe eu?

A noiva assassinada - ninguém acreditaria no testemunho do rio - sente vontade de esbofetar aqueles ricos todos, um a um, mas de que adiantaria, as coisas mudariam? Resolve parar de pensar -  a certeza de Joana enterrada - e sai caminhando na avenida, as mãos fora dos bolsos.

Um automóvel, alto-falante em cima, passa anunciando um rivengo.



em Painel de sombras 
Teresina: Edições Piçarra, 1980

AMOSTRAGEM




Uma cana, disse. O garçom, magríssimo, foi ao balcão e voltou num átimo, trazendo a bebida. Como tão as coisas, disse ele, tentando puxar conversa, o bar hoje até que não tá fraco. Em resposta monossilabei algo que se confundiu com um psiu vindo lá do fundo. Uma mulher de vermelho berrante, sozinha, chamava o garçom, psiu. Os meus olhos seguiram o olhar trejeitoso do homenzinho.

Conheço-o. Trata-se de um pobre coitado, funcionário público que, para manter em nível de sobrevivência os oito filhos, a mulher e a sogra, trabalha noite inteira no bar de seu Matos.

E a mulher de encarnado que Cipriano atende agora? Florisbela. As pernas carnudas - cruzadas em desleixo, o vestido muito puxado deixando propositadamente um naco de coxa de fora, os seios redondos arfando, o rosto pintadíssimo: Florisbela, prostituta famosa.

O copo de cachaça aterrissou na mesa dela. Um bêbado, na mesa em diagonal à minha, revolucionava o mundo, os olhos de tísico postos na lua, o bigodinho de pontas arrebitadas inflando-se para o companheiro mudo, sem feições.

À entrada rápida de um homem alto, esguio, mancando de perna direita, um senhor de cabelos grisalhos à minha esquerda sibilou, comunista!, e a esposa gorda - a papada quase a tocar os seios fartos - apoiou o escárnio, um sorriso balefe tremendo a cara. Um carvoeiro passou na rua, três jumentos carregados, o relho sobre o ombro. O mendigo Pocino também passou, bamboleando, babando, falando vida cachorra!

Três homens que bebiam no pé-do-balcão saíram abraçados, cantando desafinadamente uma música que contava uma história triste. Um negro entrou, camisa do Flamengo no corpo, sentou-se à mesa de Florisbela. Na mesa do centro duas jovens colaram as bocas num beijos de estremecer a sociedade.

Juntei as pontas do polegar e do médio, o estralo alcançou o ouvido apurado do garçom. Quanto devo? Tanto. Paguei, e saí.

Fora, envolvido pela madrugada em que aqueles seres se prolongavam - bêbados, mendigos, prostitutas, ladrões... - senti-me acometido por terrível angústia. Eu era um deles, era. Mas como escapar das ratoeiras, dos esgotos, dos lamaçais?

Toquei para casa. Lá a mulher me prepararia um ovo (ainda devia haver um), e eu, depois do sexo, me deitaria de papo pro ar e sonharia que nem o bêbado de bigodinho de pontas arrebitadas. De manhã o sol - que esquecia de retirar os seus raios da noite - acordaria Teresina, Teresina me acordaria, levanta homem!, e tudo voltaria ao que era.



Airton Sampaio
em Painel de sombras 
Teresina: Edições Piçarra, 1980

Airton Sampaio - síntese biográfica




Airton Sampaio de Araújo [ 1957 ] nasceu em Teresina - PI. Contista, professor universitário, crítico literário. Publicou Painel de sombra (Teresina, 1980, contos), Contos da Terra do Sol (Teresina, 1996, 2002), Sob um céu azul tigrino (Teresina, 2005, novela), Ocaso das tardes de domingo (Teresina, 2012, novela, e-book). Participou das coletâneas: Novos contos piauienses (Teresina, 1986), Crônicas de sempre (Teresina, 1987, contos), Concursos literários do Piauí: contos (Teresina, 2005) e Geração de 1970 no Piauí - contos antológicos (Teresina, 2005). Integra o Grupo Tarântula de Contistas.