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29.11.11

O OURO DE TERESINA, Claufe Rodrigues


A primeira vez que estive em Teresina
Vi que seu destino não é ser uma Constantinopla
Com seus exércitos de Nova Roma destruindo os vizinhos
Cidade-Máquina, Cidade-Monstro, Cidade-Moeda, só morte e poder.

Teresina também não seria uma Alexandria
Capital cultural intelectual e artística do mundo helênico
Com as imponências da corte a impor-lhe a sorte.
Tampouco Teresina se compara às potências industriais do norte.

Não,
Teresina é feita de chão, de gente, de águas, de barro, de árvores, de nuvens,
Até mesmo dos mosquitos que atacam na beira do rio no fim da tarde.
Teresina tem um Tê de Tetê
Um rê de Regina
Um si de sina
Um na de nadar não para o mar, mas para a fonte.
Ali encontra seu horizonte,
Sua mina de ouro, seu tesouro:
A poesia.


Claufe Rodrigues 
em TERESINA: Um Olhar Poético
Teresina: FCMC, 2010
Organização de Salgado Maranhão