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20.7.15
A PONTE (O RIO) ENTRE AS CIDADES
Rio de duas cidades
dividido entre tristezas
uma ponte assim as une
não de aço, de pobrezas
Álvaro Pacheco
Teresina, maio de 1965
em MARGEM RIO MUNDO
Artenova: Rio de Janeiro, 1965
16.10.13
CENAS DE MORTE SOBRE O RIO
quando a gente tá nessas noites de ansiedade
e sai madrugada afora com um litro de chave de ouro
sob a camisa, comprimindo a lágrima na estação da saudade
descobre que a poesia ajuda a viver e quer que nosso poema
fira a carne dos mortais mas traga boas doses de riso
quem detém sobre a alba o sorriso perdido?quando a gente descobre que está só no mundo
quem detém na vida a luz da saída?
está nu sobre o rio, e que a brutalidade das margens
compressas faz com que a água venha transbordando
dos olhos nos alhos, quer chorar sob a lua...
quem chamou por mim lá no longe?a vida é mesmo essa multidão de rostos inválidos
quem me olhou chorar sob a ponte?
que a gente precisa ressuscitar. o poema é a melhor
maneira de falar para os meninos perdidos na escuridão
do rio e para as meninas da vida cingidas de cio...
quem viu meu poema no horizonte?
será que a vida me garante?
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